Gospel Prime

                                                                                                                                      Jarbas Aragão

                                                                                                                                      26/07/2018

Conselheiro de Trump, past or defende que Brasil mude embaixada para Jerusalém

Mario Bramnick é um dos preletores da “Celebração Israel 70 anos” em agosto, na Lagoinha

Mario Bramnick
Mario Bramnick em Israel. (Foto: Divulgação)

A família do pastor Mario Bramnick imigrou de Cuba para os EUA quando ele era criança. Com ascendência judaica, o jovem se tornou pastor e, anos mais tarde, fundou a Coalizão Latina para Israel (LCI), ministério que promove a união de forças de cristãos e judeus.

Desde a campanha eleitoral de 2016 ele faz parte de um grupo de pastores que ora regularmente com o presidente Donald Trump. Recentemente, esteve em Israel trabalhando pela mudança da embaixada de países latinos, como Guatemala e Honduras, para Jerusalém.

Dias 8 e 9 de agosto, o pastor estará no Brasil, como preletor da “Celebração pelos 70 anos de Israel”, promovido pela Comunidade Internacional Brasil & Israel e sediado na Igreja Batista da Lagoinha, em Belo Horizonte.

Mais informações sobre o evento podem ser obtidas em httpss://www.eventim.com.br/Israel70anos

Em entrevista ao Gospel Prime, Bramnick disse acreditar que a igreja precisa estar mais atenta aos “sinais dos tempos”. “Sentimos que Deus está se movendo de maneira muito especifica no ano em que Israel completa seus 70 anos. O Senhor me deu uma palavra profética sobre isso, que irei compartilhar com os brasileiros durante o evento”, avisa.

Israel é a chave

Tendo participado de parte do movimento que resultou na transferência da embaixada dos Estados Unidos para Jerusalém, Bramnick acredita que “Deus abriu uma ‘janela’ para que as nações do mundo tomem uma decisão semelhante e se reaproximem de Israel”. Diz ainda que “Israel é a chave para o mover de Deus nos últimos dias e isso está chegando até a América Latina”.

Segundo ele, “todos os conflitos com Gaza e os recentes ataques que vieram contra o norte de Israel, resultado da infiltração iraniana na Síria, chamam atenção para ataques militares que podem recair sobre Israel muito em breve”.

Ao mesmo tempo, ressalta, “o modo de agir da Autoridade Palestina está recebendo forte oposição do Presidente Trump. Os EUA fortaleceram sua aliança com Arábia Saudita, Jordânia e Egito. Tudo isso poderá se refletir no fortalecimento político de Israel”.

Bênção de Abraão

Falando sobre os motivos pelos quais um cristão deveria se importar com Israel, o pastor cubano ressalta que “a benção de Abraão (Gênesis 12:1-3), além de outras escrituras mostram a importância de apoiarmos Israel para sermos abençoados”.

“Há muitas porções bíblicas que ensinam a necessidade de nos alinharmos com Israel, pois Deus não conclui seu plano para aquela nação. Deus não substituiu Israel pela Igreja. Existem textos bíblicos claros sobre o Messias Jesus voltar sobre o Monte das Oliveiras, que fica em Jerusalém”, assevera.

Estudioso das profecias, Bramnick não tem dúvidas que “Deus está se movendo profeticamente na restauração da nação e para levar de volta para lá todos os judeus, espalhados pelos quatro cantos da terra”. Em sua opinião, tudo está se cumprindo e é “muito importante o fortalecimento das alianças das nações amigas com Israel, que já tem tantos inimigos”.

Brasil deveria se posicionar

Ao olhar para a situação do Brasil, o pastor diz que o país deveria seguir o exemplo de outras nações da América Latina e mudar sua embaixada para Jerusalém.

“Vemos o presidente Morales (Guatemala) tomar a decisão de mudar a embaixada, o presidente Hernandez (Honduras) com quem nos reunimos também fará a mudança. O Paraguai também já fez o anúncio e acredito que Deus está levando líderes a isso. Acredito que o Brasil não deveria ficar de fora”, destaca, lembrando que “a mão de Deus está sobre aqueles que estão dispostos a fazer a Sua vontade”.

Bramnick lembra que “o nosso Deus é o Deus das nações. Nosso papel como cristãos não é apenas olharmos para dentro da igreja. Os crentes dos EUA intercederam fervorosamente a Deus antes das eleições, pedindo que tivéssemos um presidente que defendesse os valores judaico-cristãos e os brasileiros devem fazer o mesmo”.

“Existe um mover no reino espiritual”, assevera, “e muito em breve um avivamento mundial virá sobre aqueles que estão reclamando sua nação para Deus”.

Transformação do Brasil

Como alguém que já viajou por muitos países do mundo e esteve em março no Brasil, Mario Bramnick acredita que “o evento em Belo Horizonte é muito importante”. Ele sabe que o governo brasileiro vem votando contra o Estado judeu nas Nações Unidas, mas defende que será uma oportunidade para “declarar, em nome da nação, que o Brasil está com a nação de Israel”.

“Isso pode marcar o início de um movimento de transformação do Brasil. É muito importante unirmos forças, e vermos aí o mesmo que está ocorrendo nos Estados Unidos: a união da Igreja e sua mobilização, proclamando a autoridade que possui. Nós somos o sal, somos a luz, tudo que for ligarmos na terra, será ligado no céu. Sei que os brasileiros estão começando esse processo no mundo espiritual que se refletirá no mundo natural”, encerra.